MALDITA GENI
(...)
E eu dizia Deus que ele leve meu celular que eu não chegue em casa um corpo morto
(...)"
FICHA TÉCNICA:
videomaker Carol Vidal @CAROL.VIDAL08
Interpretação em libras por MÃO PRETA LIBRAS
com Erika Mota
DATA: 2021
Juro que em cada esquina
Tenho medo de entrar
Pois na última que entrei
Eles tentaram me matar
Disse que não me amava
Não me via na tv que eu era muito trava e só queria né comer
Levantou a mão bateu
O ferro logo puxou
Dois tiros foi disparado
Mais uma trava que ele matou
A polícia inocenta quem atranca coração
Travesti não tá segura nem na igreja nem no busão
E por isso que eu falo
Só enxergo a maldade
Nasça com seu corpo cis
E conheça a liberdade
Homem branco colonizador
E visto como herói da pátria até quando uma preta no altar Mainha abandou
E eu falo isso porque tô cansada de ver Mainha sempre sendo as outras e branca rica bem casa
Inclusive economicamente sucessagada
E eu me pergunto
Até onde a pobreza vai ser a falta de consciência que eles tem
Você sabe burguesia safada
Que da hipocrisia vocês são tudo refem
Eu lembro na noite passada
Ele chegava perto de mim
Ele passava a mão no meu corpo
E eu dizia Deus que ele leve meu celular que eu não chegue em casa um corpo morto
Eu não quero ser o motivou de ver minha mãe chorar
Não quero chegar em casa com uma vela nos peitos braço cruzado e nunca mais a minha voz ela escutar
Mainha eu te prometo que eu vou ser muito feliz
Meu nome é bixarte
Não sou prodtituta sou poeta atriz
E mais você não encontrar meu corpo preso em uma viatura
Se você me queria fazendo programa
Prazer eu sou a própria literatura
Bianca manicongo
Ela é bicampeã do slam estadual da paraíba , finalista do slam brasil e ganhadora da flup rj. além de premiada no festival toroh como artista revelação, personalidade do ano, entre outros, também foi indicada ao prêmio sim são paulo em 2021 e indicada como artista revelação no women music event de 2021. Bixarte é a primeira mulher trans ganhadora do festival de música da paraíba. Reconhecida pelo canta e recita sobre o que vive e também sobre suas dores, anseios e paixões embalados nos ritmos do rap, funk e etnopop.