A BOZOLÂNDIA DO TERROR
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"Chamem a mudança e não os policiais
vai ficar criminalizando os movimentos sociais?
E as corrupções brutais, defendidas com truculência?
Onde falta inteligência, sobra violência!
Vai segurando poesia sociedade
que to rimando sobre a pandemia da insanidade"
(...)
FICHA TÉCNICA:
video por Norma Odara
Interpretação em libras por MÃO PRETA LIBRAS
com Carol Fomin
DATA:
Alô criançada o palhaço chegou
trazendo um monte de porrada pra você e pro vovô
na absurdolândia, não há amor
bem vindes a bozolândia do terror
que porra é essa irmão?
Chamem a mudança e não os policiais
vai ficar criminalizando os movimentos sociais?
E as corrupções brutais, defendidas com truculência?
Onde falta inteligência, sobra violência!
Vai segurando poesia sociedade
que to rimando sobre a pandemia da insanidade
sou poeta da divisão de étio-nocídio
juventude na periferia ta sobre geonocídio
Foda, moda, droga, massa de manobra
Política de mídia rouba, cobra e ainda te esnoba
é na absurdolândia do desamor
que o Slam Resistência canta a A BOZOL NDIA DO TERROR
Projéteis voando procurando homicídio
criança armada, criança infancídio, não acreditou, tio?
então viu, moleque com a camisa do brasil, segurando um fuzzil
é irmão, chocante, não é serra leoa na áfrica e não é por diamante
Estarrecida Dona Aparecida, chorava, orava pra sociedade corrompida
na cidade do bangue, bangue
explode consumismo até…
terra que sangue
é o globo da morte aqui o planeta terra
mais de 50 milhões de mortes na segunda guerra
se tiver sorte não será alvejada, ou alvejado
fique ligada, porque eu tô ligado
a juventude que não se ilude
arma de fogo ae, nem em hollywood
é a bozolândia da absurdolândia pá
é a bozolândia da absurdolândia pow
que eu vou falar pra vocês
meu silêncio é a poesia
em estado de gravidez
HAUX DEL CHAVES
Haux Del Chaves é um poeta músico ambientalista ativista. REALIZA intervenções urbanas com poesia muito antes do Slam Resistência, em contatos culturais com vários estados através das manifestações de 2013 e 2014 e cresceram a partir daí. Em 1993, já fazia poesias no estilo rock, hip-hop, meramente para diversão. Em 2000, criou seu primeiro trabalho literário poético, multiétnico, com objetivo de desenvolver projetos em contato com a cultura afro brasileira e a cultura indígena, criando composições, principalmente no ativismo social e justiça por direitos iguais. Participou dos primeiros slams de São Paulo – ZAP e Slam Guilhermina – e criou em 2014, o Slam Resistência. Em 2015, por tratar de temas relacionados ao espaço urbano e às lutas sociais, participou junto ao poeta Emerson Alcade do 1° Encontro Sul-Americano de Psicologia Política. Na edição do Brechas Urbanas (Itaú Cultural) de junho de 2016, junto à artista Clara Domingas e mediado pela jornalista Natália Garcia (criadora do projeto Cidades para Pessoas), foi convidado para pensar o espaço urbano com base na pluralidade e na expressividade dos corpos que o habitam. Ainda em 2016 iniciou uma pesquisa musical: Tribal Conspiracy, com músicas próprias e produção independente.