Pormenores

Essa cadeia é para os nossos. Querem pôr menores.
Dessa cadeira tu ignora os nossos pormenores.
A luta é por melhores dias pra quem tá nesse contexto.
Escrevo porque acredito numa revolução com texto.
Então contesto teu regime urbano nesse mundo campestre
Que faz de cada um, ninguém na multidão com pressa.
E eu entendi porque é que a gente tanto compete.
Se eu falo tanto disso é por que isso me compete.
Então abaixe a voz!
Seu clube não tem ponto pra rebaixar nóis.
Então abaixa a bola. Fica na contenção que “ocês” tomaram um “gol de caixa" agora.
Rimamos naturalmente na mais perfeição. Por isso naturalmente isso vai ter feição.
Vocês só rimam pra chamar atenção. Por isso nessa disputa não há tensão.
Me senti um artesão escrevendo essa letra.
Aleijadinho no rascunho é treta. Me tira o ar. Tesão! Me sinto nas estrelas.
Mas nem que eu bata a nave esse jatinho alcança minha rabeta.
A lírica arrebenta. Olha o estrago.
Como Gustavo, a lírica bereta.
Um centavo por letra, eu sofri uma ascensão.
Um dia eu tive uma, agora umas cem são de clássico.
Quando pivete eu lembro que era um dos “pior” da classe quando o teste era de exatas.
Riram quando aquilo não me pareceu fácil.
Passaram os anos, os que passaram de ano, nerds, me exaltam.
Pássaros somos. Ontem, passarinhos fomos. Amanhã passarão fome os que hoje não piar.
Passado somos. Ontem, passadores fomos. Amanhã passarão sono os que hoje “piá”.
E os que não moquear os "pino" no lugar seguro, se os "cana" achar "ceis" sabem no que dá.
Mas os que duvidar do próximo Vitar se pá vão ter que resolver no muque. Ah!
Louça suja se lava em casa na sua própria pia.
Mas nessa pátria quem almoça, não recolhe a mesa.
Nos desinformam no jornal somos sua própria cria.
Então se prepara pra ler mais merda do que na veja.
Boca suja é quem tira sarro da periferia.
Homofóbico tão raiz que nem teu filho beija.
O engraçado é que com essa se feriu quem ria.
Vocês ficam nervosos, tipo eu numa igreja.